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20 de setembro de 2018

Banco Central acerta ao manter a Selic em 6,5%, avalia FecomercioSP


Entidade ressalta, porém, que tensão eleitoral e taxa de câmbio em alta ainda preocupam

A manutenção da taxa Selic em 6,5%, anunciada na quarta-feira (19) pelo Banco Central (BC), já era esperada, segundo avalia a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com a Entidade, passada a pressão inflacionária sobre os alimentos proveniente da paralisação dos caminhoneiros, e considerando os recentes efeitos do cenário eleitoral sobre o câmbio, que se mantém acima dos R$ 4, não há muita alternativa para o BC que não seja permanecer atento aos movimentos dos preços sem alterar a Selic.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se mantém na casa dos 4%, apenas por conta dos efeitos do aumento do preço de alimentos em maio e junho sobre o custo de vida, mas as apostas dos analistas, verificadas no relatório Focus, mostram que não há pressões adicionais para o momento, ainda que o câmbio preocupe. Assim, a Federação entende que não há necessidade de se retomar o ciclo de alta de juros, ao menos por enquanto, porém acredita que o Banco Central não pode ousar demais e reduzir a Selic abaixo dos atuais 6,5%.

Diante do fraco desempenho econômico por um lado, e das pressões vindas de alimentos e do câmbio, a FecomercioSP acredita ser correta a postura cautelosa da autoridade monetária. A Entidade espera ainda que, no médio prazo (no novo ciclo de governo em 2019), o Brasil termine de fazer seu ajuste fiscal, permitindo não só a queda mais acentuada de juros como também impedindo que, já no ano que vem, o País tenha que passar por outro ciclo de alta da Selic. Confira a matéria completa aqui.

 

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