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9 de junho de 2017

Intenção de consumo das famílias paulistanas cai 2,7% em 15 dias após nova crise política


Segundo levantamento da Entidade, famílias com renda superior a dez salários mínimos sentiram mais os efeitos da delação envolvendo lideranças políticas

Após um novo capítulo da prolongada crise política brasileira que aprofundou ainda mais o clima de incerteza que se instalou no País, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mediu seus impactos sobre o humor dos consumidores paulistanos.

Em maio, excepcionalmente, a Federação calculou o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paulistanas em dois períodos distintos. De acordo com as entrevistas feitas com 1,1 mil pessoas no dia 10 de maio (antes da delação envolvendo lideranças políticas nacionais), o ICF atingiu 78,8 pontos. Em 25 de maio (após o evento), em uma nova coleta com outros 1,1 mil consumidores, o ICF marcou 76,7 pontos, uma queda de 2,7% em um intervalo de 15 dias. Essa pesquisa capta, portanto, o efeito imediato sobre os consumidores e seus comportamentos.

De acordo com a tabela, observa-se que, entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, a queda na intenção de consumo foi maior (-8,3%), passando de 89,5 em 10 de maio para 82 pontos no dia 25 de maio ao passo que, entre as famílias com renda menor, a intenção de consumo praticamente não se alterou (-0,3%), alcançando 74,8 pontos em 25 de maio, ante os 75,1 pontos em 10 de maio.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, em grande parte isso se deve ao fato de que o patamar de intenção de consumo das famílias de menor renda já está muito baixo, sendo difícil fazer novos cortes em seu padrão de consumo. Leia a análise completa aqui.

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